Por Raquel Cruz Xavier

17/10/2018

Futurecom 2018: redes para IoT – sua infraestrutura está preparada para as aplicações e o volume de tráfego?

Futurecom 2018: redes para IoT - sua infraestrutura está preparada?

O Futurecom 2018 trouxe como pauta do painel uma provocação para quem inicia o processo de preparação de redes para IoT: sua infraestrutura está preparada para sustentar essas aplicações e o volume de dados gerados?

Para refletir sobre o assunto, o evento reuniu representantes de diferentes setores com o intuito de repensar as práticas atuais no que se refere à disposição de conectividade e democratização da IoT.

“O Brasil já inicia uma curva de maturidade do 4G, mas, por causa de algumas características do 5G com espectro mais alto, teremos que buscar novas versões de compartilhamento. Não há como acompanhar as inovações com as soluções tradicionais”, explica Flávio Cardoso (foto), gerente geral da American Tower.

 

Pontos de vista diferentes, mas com um ponto em comum – ações parceiras

Sendo assim, o painel de discussão começou com a questão principal, feita por Miriam Aquino, jornalista e mediadora do debate: “Seja sincero, sua rede está preparada para sustentar aplicações de IoT?”

Marcelo Yamamoto, diretor de Estratégia, Marketing e Internet das Coisas da Huawei, é incisivo e lembra que a Internet das Coisas é, na verdade, um conceito, não um produto. “Inteligência Artificial pode ser interpretada como um conjunto de experiências e dados. Parte delas é a conectividade, outra o Big Data e assim por diante”, argumenta.

Para o executivo, agricultura, saúde e indústria são mercados que precisam de mais atenção. “Fornecer tecnologia para áreas restritas com infraestrutura, e viabilizar tudo isso demanda ter perspectivas a partir de todas as experiências de IoT”, completa.

Paulo Bernardocki diretor técnico Global da Ericsson, diz que a questão essencial das operadoras é percorrer e conectar. “Essas empresas terão em mãos uma capacidade brutal e habilitada. A questão é conseguir tirar o máximo dessas oportunidades”, salienta.

Do ponto de vista da conectividade, a multinacional sueca, em parceria com a Vivo, tem projetos de alta frequência para IoT, com o objetivo de habilitar ecossistemas novos em parceria com startups.

O representante de um dos mercados mais citados no painel foi Gregory Riordan, diretor da CHN Industrial. O executivo fala em nome de uma empresa de máquinas e bens de capital, atuante no agronegócio, assim como caminhões e ramo de construção.

Para ele, as soluções de redes se resumem em dois aspectos: acesso e conectividade. “O campo precisa ter mais comunicação interligada. Se a gente não se comunica, é impossível conseguir uma logística funcional e econômica. Daí, tenho equipamentos ineficientes e prejuízos”, explica.

Um exemplo prático disso são as máquinas plantadeiras: dirigem sozinhas por GPS e são movidas por sinal de rádio RTK. “Portanto, uma infraestrutura Frankstein”, justifica.

 

Otimizar processos e torná-los acessíveis

Com o problema explicitado por Gregory Riordan, a urgência de voltar os olhos para a agricultura 4.0 ficou clara.

“Esse mercado precisa de tecnologia que promova um diagnóstico de sua fazenda e suas atividade, não uma autópsia”, alerta.

José Almeida, diretor de parcerias e ecossistemas da WND, pede prudência e confiança, ancorado na convicção de que os desenvolvedores de tecnologia caminham a passos largos para isso. “A bicicleta andando tende a não cair”, diz.

Para ele, os problemas de IoT já têm respostas no mercado. “É só procurar”, afirma.

Messias Maduro, presidente do Conselho Fiscal da Associação Brasileira de Empresas de Soluções de Telecomunicação e Informática (Abeprest), atenta sobre soluções mais inteligentes de gerenciamento da segurança. “Todos teremos, em breve, endereço IP para a maioria da nossa rotina diária, além das câmaras de vigilância. O que pede aos gerenciadores muita atenção, desde operador, fabricante, quem implementa certificados, até os usuários”, salienta.

Guilherme de Paula Correa, membro do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), acredita que, para que essa realidade de IoT seja possível, precisamos de políticas públicas de segurança, aplicações para agro e sermos sinceros.

 


Leia mais sobre o mercado IoT – Internet das Coisas – no Blog da Khomp.


 

Esse artigo faz parte da cobertura do Futurecom 2018! Fique por dentro dos principais temas abordados no evento sob a ótica da Khomp!

 

 

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